Um conceito diferente, um espaço de excelência com profissionais experientes e um serviço personalizado. Susana Bravo, a cara por detrás do Metrostudio, conversou connosco e falou-nos deste espaço que considera ser o topo da sua vasta carreira.
Um espaço elegante, confortável, onde apetece estar e entregar o nosso cabelo nas mãos dos profissionais que nos recebem tão bem. É esta a primeira impressão de quem visita, pela primeira vez, o Metrostudio no Chiado e que ficará com a certeza de que irá voltar.
Profissionais de excelência, experiência comprovada, atendimento personalizado e, sobretudo, paixão pela arte do cabelo: é isto que encontramos no Metrostudio. A Beautyland esteve à conversa com Susana Bravo, a pessoa por detrás de todo o conceito Metrostudio. Com um vasto currículo em moda e televisão, Susana Bravo foi embaixadora de várias marcas, trabalhou para conceituadas revistas e produtoras e tem participado em semanas da moda. Conhecer Susana Bravo é, também, conhecer o Metrostudio e entender como conquistou a preferência dos lisboetas e como se tornou no espaço de excelência que é hoje.
Como foi o início desta carreira tão completa e dinâmica?
Aos 18 anos fui para a escola de cabeleireiros onde estudei durante 3 anos. Queria progredir e para tal comecei por trabalhar como assistente para ganhar experiência. Depois disto passei para um cabeleireiro mais formal e comum, onde se ganha muita experiência pelo facto de realizarmos diferentes tipos de técnicas e lidarmos com clientes distintos. O grande salto na minha carreira deu-se quando fui trabalhar para a Toni & Guy, pois era um projeto onde muita gente queria estar e vários cabeleireiros gostariam de ter a oportunidade de trabalhar neste espaço. Trabalhei lá alguns anos e quando deixei a Toni & Guy criei o MetroStudio, em 2006.
E como define o Metrostudio? Quais são os vossos objetivos?
O nosso objetivo é fazer com que cada cliente se sinta único. Procuramos que ter uma atendimento personalizado e distinto na área do visagismo, ou seja que o seu visual se encaixe no rosto e na personalidade de cada cliente.
Em que se distingue o Metrostudio e os seus projetos?
A diferença do espaço é marcada pela disciplina, profissionalismo e dedicar-nos exclusivamente ao corte e à coloração.
Há 14 anos comecei a dar formação para a Schwarzkopf. Mais tarde integrei na equipa internacional, onde estive 6 anos a ensinar fora de Portugal, o que me fez ganhar grande experiência a nível profissional e pessoal. Precisei de uma pausa do ritmo intenso da formação e da viagens. Após algum tempo, surgiu o convite da L’Oreal para regressar aos palcos e dei formação durante mais 4 anos. Por tudo isto posso dizer que sou uma sortuda por ter feito este percurso profissional.
Sendo a sua grande formação a Toni & Guy, escola inglesa, em que difere esta aprendizagem?
Disciplina, geometria e assertividade. Fazem toda a diferença no corte. Por este facto, explicamos a quantidade de profissionais do mundo inteiro a frequentar a Vidal Sassoon e a Toni & Guy. Portanto, para quem conhece o conceito inglês sabe que será sempre uma grande referência e que marca toda a diferença no trabalho. Quanto ao cliente, ele perceberá as texturas e os movimentos do corte.
O cliente chega com uma ideia ou entrega-se completamente nas vossas mãos ou por norma já conhece o vosso conceito?
As pessoas já conhecem a nossa forma de trabalhar. Preferimos que o cliente tenha alguma ideia do que quer fazer e que demonstre traços da sua personalidade, para podermos chegar ao objetivo final. Caso não tenha ideia tentamos ajudá-lo a encontrar um estilo que se adeque a si e que se sinta confortável. Se começarmos logo a fazer o corte ou a coloração e não conhecermos minimamente o cliente, não vamos conseguir alcançar um trabalho adequado.
Como são recebidos os vossos clientes?
Temos algumas estratégias. Apesar de todos os profissionais que trabalham no Metrostudio terem o mesmo tipo de formação, existe sempre alguém que é melhor em determinado ponto, por isso direcionamos o cliente para a pessoa certa de acordo com as suas características.
Além do Metrostudio abriu, recentemente, a Metrostudio Academy. Que espaço é este?
Há um ano atrás surgiu a oportunidade de abrir a academia. Apesar de já ser um sonho antigo e um plano futuro acabou por se antecipar inesperadamente. O local era um dos cabeleireiros mais prestigiados de Lisboa nos anos 50, mas que tinhada fechado recentemente e tive a sorte de ficar com ele. Como gosto bastante de arquitetura, a traça antiga do edifício cativou-me e consegui renová-lo mantendo sua particularidade. Quis criar um espaço para cabeleireiros, onde pudesse reunir múltiplos workshops.
Tendo o espaço dois pisos, juntamos workshops de diferentes âmbitos, como por exemplo, formações de técnicas de corte de homem, corte de senhoras, tranças, penteados criativos e também técnicas de coloração.
No outro piso fazemos workshops de fotografia, design, moda e maquilhagem que são sempre necessários na nossa área. Além disto, alugamos o espaço para outras eventualidades, tendo também um dos pisos a função de sala de reuniões.
Os formandos da Metrostudio Academy precisam ter experiência profissional?
Quanto aos workshops de cabeleireiro, sim. Quando não tem muita experiência não usufruem plenamente dos ensinamentos. Nos restantes workshops de fotografia ou moda, entre outros, existem vários níveis para pessoas com experiências diferentes.
Como se relaciona o MetroStudio com a Academia? São coisas totalmente distintas?
São completamente distintas. Na academia ambiciono juntar um vasto número de cabeleireiros que gostem de dar formação e assim criar um grupo com diferenciados conhecimentos. Quantos mais formos, mais conhecimentos podemos partilhar. Portanto, o formando conseguirá ter uma aprendizagem mais ampla e terá visões diferentes.
Visagismo: de que se trata?
O Visagismo é a arte de criar uma imagem através a concordância das características da pessoa de forma a realçar a sua beleza exterior e interior. É crucial fazer uma análise profunda do cliente para poder valorizar os pontos fortes de cada um.
É importante que nos foquemos a 100% na pessoa assim que ela entra no cabeleireiro, para a partir daí tentarmos entender a sua personalidade pois a forma como a pessoa se apresenta e movimenta nos ajuda a escolher um melhor estilo.
Por isso temos que passar algum tempo com o cliente antes de efetuarmos qualquer trabalho de forma a concluirmos o nosso objetivo e o do cliente.
É aqui que percebemos o tipo de corte que a pessoa pretende e é aqui que entra o visagismo. A pessoa pode estar a falar do corte que idealizou e eu estou a reparar no formato dos olhos, da boca, dos dentes, no nariz, na forma como a pessoa se maquilha, se não se maquilha, a roupa, tudo isto para perceber que tipo de corte vai encaixar perfeitamente naquela pessoa. E é isto o mais importante do visagismo: a nossa atenção e sensibilidade perante o cliente.
Ninguém consegue executar um bom trabalho se não tiverem em consideração tudo isto.
E se o cliente quiser fazer um corte que vocês sabem que não vai favorecê-lo, como irão proceder?
Tentamos explicar as características de cada corte tendo em conta o seu formato do rosto e o tipo de cabelo para chegarmos ao ponto de equilíbrio.
Contam com muitos clientes fixos ou, estando numa zona de bastante turismo, têm também muitos novos clientes?
Temos todo o tipo de clientes. Felizmente temos uma base de clientes fíeis muito forte que nos acompanham há muitos anos. Estando na zona da baixa-chiado, também temos muitos clientes estrangeiros. O nosso tipo de clientes por norma só precisam de fazer manutenção de corte de 4 em 4 meses ou de 6 em 6 meses, tendo também outros clientes que vivem no estrangeiro e que só vêm mesmo cá cortar.
Nos últimos 3 anos houve um acréscimo incrível no turismo, começámos a ser uma referência para os hotéis da Baixa Lisboeta que recomendam, marcam e enviam os seus hóspedes para o Metrostudio.
Qual a perspetiva de crescimento a longo prazo? Tem algum desejo que ainda não tenha concretizado na sua carreira ou no Metrostudio?
O Metrostudio é o topo da minha carreira. Eu acho que já fiz de tudo, não perdi nem uma oportunidade para trabalhar naquilo que gostava e, ainda hoje, não perco. Os convites continuam a surgir mas gosto de aqui estar. Já dei formação internacionalmente, já fiz passerelles, já fiz imensas produções fotográficas, não há muito mais a fazer na minha carreira e sinto-me muito realizada.
Sendo o Metrostudio um espaço português mas já tão conhecido quer por portugueses quer por clientes estrangeiros, já pensou em expandir internacionalmente?
Tenho imenso orgulho em que o MetroStudio seja 100% português. Não me vejo a mudar de país a não ser que tivesse uma grande necessidade. Acho que se trabalharmos arduamente conseguimos atingir os nossos objetivos. Foi bastante importante trabalhar lá fora porque, não só alarga os horizontes, como conseguimos trabalhar de formas diferentes e ganhar experiências diferentes.